Ana Gabriela, aprendiz de Jornalista

Novembro 30, 2007

A nova indústria cultural

Filed under: Uncategorized — Ana Gabriela @ 12:59 am

Para Adorno (1974) a cultura de massa era dominada e os indivíduos alienados viviam em torno dessa “escravidão” que a mídia ditava. Cidadãos comuns ficavam a margem da sociedade sem criar, nem modificar nenhum conteúdo. Os gostos eram homogeneizados, padrões estabelecidos e existia a separação entre quem produzia e quem consumia.

Os gostos, vestimentas e desejos eram oriundos de uma indústria que visava lucro. Em pleno século XXI, esse quadro não foi revertido totalmente, mas através do maior acesso a internet e da pirataria, permitiu-se que qualquer pessoa possa consumir uma música de um cantor reconhecido, o que era possível só pelas elites.

As novas mídias vêm crescendo exponencialmente, o que faz essa “indústria cultural”, adotar novas estratégias para os consumidores serem seduzidos e induzidos a comprar. Tal como a propaganda, que passou a utilizar merchandising dentro das telenovelas, assim muitos não refletem o real sentido daquele produto está sendo exibido. Por estarem na mídia, muitos aderem às modas bem rápido sem notar, o papel de submissão em relação a serem tratados como consumidores e não telespectadores.

Estamos em fase de mudança da cultura de massa centralizadora, massiva e fechada para uma cultura copyleft personalizada colaborativa e aberta.

O que mais chama a atenção é o fato da “era” ser a da informação aberta para todos, uma espécie de “democracia da informação”, porém os indivíduos por incrível que seja, ainda não adotaram sua postura de cidadãos, dando valor a mercadorias e prevalece a idéia de que “você é o que você tem”. Ainda existe preconceito, escravidão, miséria, desrespeito e muitos outros problemas que parecem que nunca vão terminar por causa desse maldito capitalismo.

Além de consumos, existem seres humanos, dotados de sentimentos e idéias para lutarem por causas e melhorias da sociedade. Assim, começamos entrar no universo da cibercultura, uma nova forma de produzir e consumir cultura. Adentramos numa fase plural, onde você consome e reproduz o consumido, com a própria visão e aderindo novas formas de produção de conteúdos sejam eles quais forem.

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